Decodificação da Escravidão Mental
- Cláudia Oliveira
- 23 de out.
- 3 min de leitura
Atualizado: 30 de out.

Como pode Libertar a Mente e Reescrever Seu Eu
Começo agora uma matéria que, garanto a você, caro leitor, sua visão de si mesmo não será a mesma ao ler a última linha deste artigo. Por que ouso te instigar assim? Talvez porque o patrimônio intelectual que alimento como conhecido é comum ao patrimônio intelectual de qualquer ser humano.
O meu objeto de estudo para desenvolver meu trabalho profissional é o inconsciente e, sobre ele, sim, posso afirmar que não é conhecido, nem sequer nenhuma ciência viva na atualidade revela precisamente suas facetas.
Expressões que moldam e aprisionam
Possivelmente, você já tenha escutado expressões como:
“Isso é loucura da sua cabeça”; tudo parece estar certo para você, apenas é ingratidão.
“Você é uma boba”; ele não te merece.
“Não aceite isso”; se imponha, diga qual é o seu limite.
“Você é uma preguiçosa”; não se esforça o suficiente para conseguir.
“Pense grande e coisas grandes virão até você”, para obter sucesso profissional.
“Seu homem ideal pode aparecer num passe de mágica”; basta frequentar as noitadas.
“Um policial pode resolver seu abuso”; mande prender, e ficará em paz novamente.
“Seu pai é um folgado”; não leve ele a sério quando diz: “não escute sua mãe”.
“Projete construir um legado”, para deixar seus filhos ricos financeiramente.
“Cuide bem de seu corpo”, para ter uma velhice feliz.
“Fique antenado nas notícias”; isso faz de você um expert.
“Está sem seguidores?” Então, não será bem avaliado e estará fadado ao fracasso pessoal.
Com pesar, colocaria ainda, na lista acima, uma projeção de aspectos internos paralisantes ou de fantasiosas normas infundadas de vidas em números maiores que 2025. Uso esse número simbolicamente para somar a ele a informação de que, passados séculos de desenvolvimento e tentativa de expandir a consciência, ainda estamos na conjuntura de “não entendimento de quem somos.”
A saúde mental como pilar esquecido
Em Londrina, minha cidade do coração, trago à tona diariamente, em meu consultório, assim como no atendimento online, que alcança diferentes regiões do Brasil e também brasileiros residentes em outros países, o fato de que, ainda assim, adoecemos sob uma cultura coletiva que nos impede de considerar a saúde mental como item prioritário.
A maneira como me reporto ao adoecimento seria um item de lógica, caso apenas se apresentasse àqueles que me procuram.
No entanto, trata-se de observação pessoal, familiar e social, da postura que a sociedade adota diante dos acontecimentos fatídicos ou não, do amadurecimento de uma geração de pais, da histórica cadeia cíclica da política, da economia, da educação marginalizada e da filosofia gritante por um estatuto próprio, e, ao mesmo tempo, ignorada nos itens mais puros da essência humana.
A autoconsciência como caminho de libertação
Nessa contextualização, a psicanálise, minha abordagem técnica, pode garantir aos reconhecedores do próprio sofrimento, essa dor inibidora de uma consciência elevada, que existe uma saída individual.
Uma porta de caminho estreito a ser seguida na decodificação da escravidão mental, que nos é passiva desde que, ao nascermos, começamos a estruturar o desenvolvimento psíquico.
E é dentro dessa estrutura, irreconhecível e inconsciente, habitada pela nossa mente, que podemos buscar o entendimento do porquê somos:
Louca da ingratidão;
Boba no merecimento;
Aceitação sem limite;
Preguiçosa no esforço;
Pequena no sucesso;
Amiga, sem um parceiro;
Abusada na escravidão mental;
Filha confusão e sem referências;
Buscadora da vida material para satisfação compulsiva;
Bonita por fora e vazia por dentro e numa errante na velhice sem sentido;
Expert na superficialidade;
Exausta na busca de reconhecimento.
Um convite ao despertar interior
Hoje, termino esta matéria esperando seu compreender.
E agora deixo o convite de seguir um caminho que, se me permitir, posso estar como observadora e tutora.
Uma saída existe, sem a pretensão de indicar o “onde”, pois o local exato só pode ser acessado pelo seu GPS interno, o qual somente você pode ativar.
Sobre a autora
Cláudia Cristina de Oliveira é terapeuta integrativa, psicanalista e autora.
“Com uma escuta do profundo, a partir de uma dinâmica própria desenvolvida.”
Atendimento presencial e online em Londrina – PR.
Atendimento também para brasileiros no exterior.
Em breve lançamento do livro: O humano sem higiene mental - Editora Appris
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