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Feridas da Infância: A Alma Cresce aos Trancos ou com Cuidado?


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Feridas da Infância: A Alma Cresce aos Trancos ou com Cuidado?

Quando a dor não entendida vira a lente com que vemos o mundo

Há dores que não sangram, mas moldam. Feridas que a infância guarda em silêncio e que, sem que se perceba, passam a escrever a forma como sentimos, reagimos e nos relacionamos. O adulto que hoje teme o abandono, foge da intimidade ou se defende do amor com indiferença, muitas vezes é a criança que precisou suportar sozinha aquilo que não entendia, mas sentia.

Na linguagem da psicanálise, essas marcas são introjetadas. Tornam-se parte do psiquismo e se manifestam como defesas, repetições, ansiedades. Crescemos com o que tivemos, mas também com o que nos faltou. E cada falta, por menor que pareça, pode se transformar em um “excesso de defesa”.

Feridas emocionais e o nascimento das defesas

A infância é o terreno mais fértil da alma. É nela que os afetos começam a se organizar, que a psique aprende a interpretar o mundo. Quando esse ambiente é instável — por abandono, crítica constante, invasões emocionais ou ausência de afeto — a criança não consegue elaborar a dor. Ela sobrevive como pode: bloqueando sentimentos, criando personagens internos ou se tornando o que esperam dela.

Esses são os primeiros contornos das chamadas defesas psíquicas. Como a repressão, a negação, a formação reativa. São proteções legítimas, mas que, se mantidas na vida adulta sem consciência, sufocam o verdadeiro self.

O adulto que você é carrega a criança que você foi

Quando alguém reage de forma “desproporcional” a uma rejeição, a uma crítica ou ao silêncio do outro, pode estar revivendo dores precoces. A psicanálise nos ensina que o inconsciente não reconhece o tempo. Uma emoção antiga, não elaborada, continua pulsando no agora.

O “eu adulto” tenta racionalizar, controlar ou evitar. Mas a psique, que busca sempre a verdade simbólica, encontra formas de trazer à tona aquilo que foi soterrado. E faz isso através de sonhos, sintomas, repetições de padrões.

Crescer com cuidado é permitir à alma reconhecer o que doeu

Falar de feridas não é culpar os pais ou o passado. É resgatar o poder de olhar com compaixão para si. Só assim é possível transformar a dor em consciência, e a defesa em liberdade. A análise se torna então esse espaço sagrado: onde o que era tranco se transforma em travessia.

Você sente que algumas reações suas não fazem sentido, mas continuam acontecendo? Talvez não seja sobre o agora, mas sobre o que ainda vive dentro. Se quiser conversar, meu espaço está aberto para você.

Atendo em Londrina e online — e talvez esse seja o início da sua transformação.

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